É inegável a importância da Mineração para o desenvolvimento econômico e social nas cidades próximas à minas de extração e à outras atividades mineradoras. Isso porque ela cria empregos e, em algumas regiões, é a força motriz da economia. Exemplo disso é o crescimento do estado de Minas Gerais a partir da extração de metais preciosos que se iniciou no século XVII. Entretanto, os recursos extraídos são esgotáveis o que ocasiona o fechamento de minas, provocando uma inutilidade do espaço além de cessar uma das fontes econômicas da população local. Nesse sentido, tem se investido cada vez mais na relação entre Turismo e Mineração como uma resolução do problema.
Assim, pensa-se que esses espaços, resultantes do pós-fechamento de uma Mina, podem ser transformados a partir da criação de parques, espaços recreativos, entre outros. Alem disso, atrair o Turismo para essas cidades mineradoras, criando uma segunda fonte de renda, é muito interessante.
Pontos Turísticos: uma alternativa para o fechamento de mina?
Inicialmente, é importante analisar que as áreas de minerações inutilizadas fazem parte do território de uma cidade. Dessa forma, retorná-la para a população, incorporando outros tipos de atividade ao local, é necessário. Após o encerramento das atividades produtivas, surgem diversos impactos que são proporcionais a relevância da Mina para o município. Caso a cidade seja pequena e a Mineração seja a principal fonte econômica, eclodem os seguintes problemas: declínio na qualidade dos serviços públicos, diminuição na receita municipal, queda nas vendas do comércio e redução no valor de propriedades.
Nesse contexto, o Turismo é elegido como uma das alternativas para esse problema. No ano de 2017, segundo dados do ministério do turismo, foram injetados US$ 163 bilhões no Brasil resultantes dessa atividade, criando 6,59 milhões de empregos e contribuindo com 7,9% no Produto Interno Bruto do País (PIB). Isso é um grande incentivo para as empresas e prefeituras que temem o investimento no setor, trazendo a possibilidade de construção de parques e exposições nesses locais.
Municípios Mineradores
Exemplos de cidades que conseguem desenvolver atividades mineradoras e o Turismo já são presentes na realidade. A revista DeFato cita diversas delas, como Itabira, cidade berço da Vale e do escritor mineiro Carlos Drummond de Andrade. No local, há o Museu do Tropeiro e cachoeiras muito visitadas em um distrito próximo conhecido por Ipoema.
Outro município que também explora ambas atividades é Conceição do Mato Dentro que abriga uma planta da mineradora Anglo American. Um dos seus maiores pontos turísticos é a Cachoeira do Tabuleiro de 273 metros de queda, sendo a mais alta de Minas Gerais e a terceira maior do país.
Além disso, não se pode esquecer das cidades históricas que são grandes pontos turísticos no estado mineiro. Essas tiveram sua história construída a partir da mineração e, atualmente, recebem um grande fluxo de turistas, como Ouro Preto e Diamantina. Atualmente, o município de Ouro Preto é um dos mais visitados do país pelo seu vasto patrimônio cultural que conta com seus museus e arquitetura preservada, também possuindo um dos maiores carnavais de rua do Brasil. De acordo com a Prefeitura Municipal da região, o Museu da Inconfidência, que resguarda a história de Vila Rica, em sua edificação onde funcionou a Casa de Câmara e Cadeia, é um dos museus brasileiros mais visitados, registrando o número de 220.000 durante o ano de 2019.
Turismo como uma opção de retomada!
Ainda no estado de Minas Gerais, em Brumadinho, há o maior museu a céu aberto do mundo! Após o rompimento da barragem da Vale no município, estuda-se voltar a economia para o Turismo com foco em Inhotim. Esse museu de arte contemporânea possui mais de 500 obras de arte e seu acervo é avaliado em cerca de R$ 2 bilhões. Dessa maneira, ele também é responsável pela manutenção de mais de 600 empregos diretos.
Pontos turísticos em áreas já mineradas
Existem municípios que após fechamentos de minas fazem uso da área como ponto turístico, por exemplo, o Parque das Mangabeiras em Belo Horizonte. Em um dos textos do blog, foi falado sobre o assunto. Assim, a região do Parque é a maior área verde da capital mineira. Ela já foi uma mina da qual a antiga empresa de mineração – Ferrobel – extraiu minério de ferro entre as décadas de 1960 e 1970. Ainda hoje existe um britador usado nessa época, presente na Praça de Eventos.
Ademais, há a presença de minas abertas para visitação. Alguns exemplos, segundo o portal Na Andanças, são:
Mina da Passagem (Mariana): é a maior mina aberta a visitação do mundo. Para entrar é preciso pegar um trolley, uma especie de carrinho. Está localizada na estrada que vai para Ouro Preto.
Mina Chico Rei (Ouro Preto): localizada bem no centro da cidade (R. Dom Silvério, 108 A). Foi aberta por escravos utilizando picaretas.
Mina Tancredo Neves(São João Del Rei): situada no centro da cidade na Rua José Bernardino Silveira (antiga Rua Bica da Prata), n.268/272.
Turismo e Mineração: uma realidade!
Portanto, ao longo do texto foram dados exemplos de regiões que já conciliam Turismo e Mineração. Esses são apenas alguns de inúmeros municípios que já enxergaram na atividade turística uma maneira de reinventar a economia e promover a sustentabilidade ambiental que é prejudicada pela mineração. Dessa forma, é evidente que essa alternativa é viável e gera ótimos resultados, além de retornar a população aquilo que é dela: a cultura, empregos e o meio ambiente preservado!
Autora: Brenda Belchior
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