Tsunamis: origem geológica

Apesar de ser um evento distante da realidade brasileira, não há quem já não tenha contemplado sobre tsunamis, até mesmo sobre a possibilidade de vivenciar um. Diversos filmes retratam essas grandes e desastrosas ondas, então vamos discutir sua origem geológica e trazer alguns fatos sobre eles

Em zonas de subducção, a pressão entre placas causa um acúmulo de energia sísmica que pode ser liberada na forma de terremotos após um longo período. Dessa forma, se trata de um evento resultante de um acúmulo lento de tensões, que são rapidamente liberadas quando as rochas envolvidas atingem seu limite de resistência. No momento em que isso ocorre, a coluna de água acima do ponto chamado de epicentro, é erguida, gerando as ondas do tsunami, que se propagam com velocidades entre 640 e 960 km/h. A altura das ondas é inversamente proporcional à profundidade oceânica, de modo que adquirem maiores alturas (e menores velocidades) à medida que se aproximam da costa.

Deslizamentos de terra nos taludes continentais também podem causar tsunamis. Grandes massas de sedimentos são puxados para baixo em decorrência da gravidade, levando água consigo e criando as ondas. Uma ocorrência menos comum para os tsunamis se dá por erupções vulcânicas. O contato do magma com águas marinhas, no fundo dos oceanos ou em zonas costeiras, resulta em explosões que podem ocasioná-los.

Após uma onda atingir a costa, ela se quebra e é capaz de avançar dezenas de quilômetros pelo continente, tendo um grande poder destrutivo. A água retorna ao oceano com velocidade maior que o normal, o que é um indício de que outra está por vir.

Observa-se na imagem acima intensa atividade sísmica no Oceano Pacífico, onde se encontra o Círculo de Fogo. Portanto, a maior parte dos tsunamis registrados ocorrem nesta região. O Brasil, em contrapartida, está localizado na região central da placa tectônica, onde não são registrados tremores significativos.
Curiosidades:
– Em ondas comuns, apenas energia se propaga, ou seja, a matéria dentro d’água permanece no mesmo lugar. Contudo, como a dinâmica dos tsunamis é diferente, eles têm a capacidade de causar tais movimentações;
– A fisiologia dos oceanos implica diretamente no comportamento dos tsunamis. Profundidade e relevo são alguns fatores importantes para compreender a amplificação das ondas e seu percurso até que se dissipem.
– O instrumento utilizado para medir tsunamis é chamado de marégrafo. Esses dispositivos são colocados nas regiões costeiras e no fundo oceânico, permitindo detectar mudanças no nível das águas e na pressão exercida.
Autor: Fernanda da Costa Mota Barros
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