É possível produzir diamantes sintéticos a partir de seres vivos?
Os diamantes naturais podem ser formados por quatro processos que ocorrem no manto ou na crosta terrestre. Porém, eles também podem ser produzidos em laboratório, sendo conhecidos como diamantes sintéticos.
O diamante é um mineral formado exclusivamente por carbono. No processo laboratorial submete-se o grafite, uma das formas alotrópicas do carbono, a condições que imitam a formação natural do mineral. Com isso, a resposta é sim, é possível produzir diamantes a partir de seres vivos. Isso se deve ao fato de que o carbono é um dos elementos mais abundantes na constituição desses.
Os diamantes sintéticos
A produção de diamantes sintéticos é um processo antigo, porém só se tornou eficaz em 1955. No início tinham qualidade industrial e cristais com qualidade gemológica só foram conseguidos em 1970.
Os diamantes produzidos em laboratórios possuem as mesmas propriedades físicas, químicas e óticas que os diamantes naturais. Portanto, é possível obter cristais de diversas cores como verde, vermelho, azul, rosa, laranja e roxo. Além disso, pode-se produzir um diamante a partir de um composto orgânico e as oportunidades são diversas. Com isso surgiu um segmento laboratorial que produz cristais a partir de cinzas humanas, cabelos, pelos e penas de animais.
Onde surgiu a técnica?
A técnica de produção de diamantes a partir de cinzas foi desenvolvida na Rússia. Entretanto, a Suíça é pioneira na produção desde 2004. Sendo assim, esse diamante é conhecido como diamante memorial, pois as pessoas normalmente procuram por esse serviço para homenagear um ente querido. Também é possível fazer gemas para datas especiais e para guardar uma lembrança de um pet. Por esse motivo, essa técnica é bastante popular nos Estados Unidos, está aumentando na Europa e no Brasil já existem empresas que fazem o serviço.
Como esses diamantes podem ser produzidos?
O processo consiste em isolar o carbono presente no material, transformá-lo em grafite e introduzi-lo em um sistema que recria o ambiente natural de formação. Dessa forma, esse sistema, chamado de HPHT, tem alta pressão e temperatura, as cinzas ou outros materiais ficam ali pelo tempo necessário para criar um cristal de acordo com o pedido do cliente e o funcionamento do equipamento não pode ser interrompido.
Portanto, a cor do diamante pode variar em tons de azul de acordo com a quantidade de boro que o ser vivo ingeriu na vida e também pode ser escolhida pelo cliente, como transparente, amarelo e azul, adicionando alguns elementos químicos no processo, como o nitrogênio e o cobalto.
Quanto custa um diamante desses?
Os preços no Brasil variam entre R$ 5 mil e R$ 80 mil reais e dependem do tamanho e da cor do cristal.
Autora: Mariana Bernardes
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