Por que o Nióbio ainda não é fonte de riqueza para o Brasil?
Os maiores desafios tecnológicos atuais podem ser solucionados com a ajuda de um mineral: o Nióbio. Esse elemento é utilizado como liga na produção aços especiais e é um dos metais mais resistentes à corrosão e temperaturas extremas. Para nossa sorte, o nióbio no Brasil existe em abundância . Por isso, há quem diga que o nióbio pode ser a chave para o país se desenvolver riqueza e virar uma potência global. Porém, de que forma o nióbio é explorado hoje em dia, e quem ganha com ele?
Quais são as aplicações do Nióbio?
Em geral quando quantidades mínimas de nióbio são adicionadas na forma de elemento de liga a uma composição, ele se comporta como um eficiente refinador de grãos de aço. Sendo assim, o refino de grãos é o único mecanismo que aumenta a resistência e tenacidade do aço, simultaneamente. As estruturas que empregam aço que contêm nióbio são mais leves e, portanto, apresentam maior eficiência energética e adequação ambiental. Além do seu uso na siderurgia, as características exclusivas do nióbio o tornam útil numa ampla gama de aplicações.
O nióbio é o mais leve metal refratário e apresenta uma elevada temperatura de fusão (2.400°C). Graças a esta propriedade, as ligas de nióbio se apresentam como soluções estruturais para aplicações a altas temperaturas: acima de 600°C em ligas à base de níquel e até 1.300°C em ligas à base de nióbio.
Como resultado, em temperaturas inferiores a -264°C, o nióbio possui propriedades supercondutoras. Conduz corrente elétrica livre de resistência em grandes densidades, favorecendo campos e forças magnéticas que viabilizam aplicações práticas nas áreas de diagnósticos médicos, pesquisa de materiais e em transportes.
O Nióbio no Brasil
98% do nióbio do mundo todo, pertencem ao Brasil, sendo historicamente o primeiro produtor mundial de nióbio e ferronióbio (uma liga de nióbio e ferro). Além disso, o Brasil corresponde a mais de 90% da comercialização mundial de nióbio, seguido por Canadá e Austrália. As reservas brasileiras possuem 842.460.000 toneladas distribuídas nas jazidas locais que valem US$ 22 trilhões: o dobro do PIB da China, ou duas vezes todo o petróleo do pré-sal. Portanto, as maiores estão localizadas em Minas Gerais (75%), Amazonas (21%) e em Goiás (3%).
O Nióbio não é insubstituível
O titânio, o vanádio e o molibdênio tem características semelhantes ao nióbio. O nióbio é apenas mais resistente e também é mais caro. Por isso, há uma ciência na forma de explorar o minério. Quando você começa a explorar demais, o preço cai e fica inviável, ou seja, não adianta aumentar muito o preço do nióbio, pois os compradores tenderão a optar por outros metais, nem tentar acelerar demais a exportação (pois aí haverá excesso de oferta de nióbio, fazendo o valor desse metal despencar). Assim, todas as possibilidades que permitem a substituição do nióbio por materiais que exercem funções semelhantes e que são mais baratos restringem diretamente o mercado de nióbio. Outra questão relevante para a venda de nióbio no Brasil é o fato de que o país não fabrica produtos derivados desse material, ou seja, vendemos matéria-prima e compramos produtos prontos.
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2 comments on “Por que o Nióbio ainda não é fonte de riqueza para o Brasil?”
Quero falar aqui que sua matéria me foi de muita ajuda e informação valiosa por ser de muita qualidade e bom conhecimento. São poucos sites que tem esse apreço pelo leitor. OBG
Obrigado pela informação sobre esta riqueza mineral do nosso pais ,pena que como os menos informados são massa de manobra acreditamos eu tudo que nos infiam
de guela a dentro, mas gostei de como vocês esclariceram alguns pontos sobre o nosso NIÓBIO.