Provavelmente você já sabe que a Terra possui polos magnéticos. E talvez saiba que estes se comportam como um grande ímã no interior do planeta, que interfere de várias formas na nossa vida. Inclusive é a causa de fenômenos naturais que nós presenciamos, como a Aurora Boreal, por exemplo. Mas você sabe o que dá origem aos pólos magnéticos? O porque deles agirem dessa forma sobre a Terra? Que sem eles a vida no nosso planeta não seria possível? E que até mesmo na orientação de minerais em algumas rochas ele atua?
Como foi descoberto e sua origem
O fenômeno dos pólos magnéticos terrestre foi descoberto pelo médico e físico inglês William Gilbert, em 1600. Entretanto a sua origem e suas consequências ainda são objetos de estudo pela academia. Mas a hipótese mais aceita hoje em dia é que no núcleo externo da Terra tem níquel e ferro em estado de fusão e que o fluxo desse fluido gera correntes elétricas que, por sua vez, são os responsáveis pela criação do campo magnético do nosso planeta.
Sua Relação na formação das auroras boreais e austrais
O campo magnético que envolve a Terra é fundamental para a vida, pois ele nos protege da maior parte da radiação emitida pelo Sol. Devido a isso, ocorrem alguns fenômenos naturais bem peculiares. As auroras boreal e austral, por exemplo, só ocorrem graças à baixa concentração do campo nos pólos, o que permite que os ventos solares (nome dado à emissão contínua de partículas carregadas, como prótons e elétrons, provenientes do Sol) entrem em contato com a atmosfera. Dessa maneira, ao entrar em contato com a atmosfera, esses ventos solares originam as luzes no céu durante o fenômeno. Dizem que as auroras polares são um dos mais bonitos espetáculos naturais da Terra. Além disso, foi ele que permitiu as grandes navegações, pelo uso da bússola (os modernos navios usam GPS).
Minerais magnéticos como evidência da inversão dos polos magnéticos
Um fato curioso é que minerais com propriedades magnéticas, tais como pirrotita e magnetita, são influenciados pelos pólos. Isso pode ser observado uma vez que a formação dos mesmos costuma ocorrer com a estrutura cristalina orientada segundo os pólos Norte e Sul, devido ao magnetismo. O estudo da orientação desses minerais nos permitiu descobrir, por exemplo, que nos últimos 20 milhões de anos, os pólos magnéticos se inverteram a cada 200 a 300 mil anos, em média. Pelos cálculos a próxima inversão pode estar próxima.
Se você tiver mais interesse em saber mais sobre a magnetita, veja “Conheça 8 importantes minerais minérios”
Polos magnéticos e sua relação com a possibilidade de vida
Outra curiosidade quanto aos campos magnéticos, é que embora possa parecer que seja algo comum aos planetas, não são todos eles que os possuem. Marte, por exemplo, ao que tudo indica perdeu seu campo magnético 4 bilhões de anos atrás (0,5 bilhões de anos após a gênese do planeta). Até então atmosfera marciana era densa, cheia de gás, o que proporcionava o efeito estufa que ajudava a aquecer o planeta e a existência de água no estado líquido.
Entretanto a perda do campo magnético, foi responsável pelo esvaziamento dessa atmosfera. Sendo assim, devido ao fim da proteção da radiação e das partículas destruidoras do Sol que o campo magnético proporcionava. Por causa disso hoje Marte é um planeta desértico, que pode ser considerado como hostil ao tipo de vida conhecemos hoje. Contudo a NASA hoje, já faz algumas pesquisas de como recriar o magnetismo marciano, com intuito de um dia, num futuro longínquo, tornar o planeta habitável para uma possível colonização humana.
Aprender sobre ciência é entender que nada é por acaso. A cada fenômeno que estudamos, percebemos o quanto a ciência participa de nossas vidas. Por sua vez, a geologia é uma ciência que se faz muito presente no nosso dia-a-dia, e entendê-la traz novos sentidos, bem como novas maneiras de interpretar fenômenos que já conhecemos.
Autores: Leonardo Castro e Paulo Pardini
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