Fósseis são qualquer vestígio, resto ou corpo petrificado de um ser vivo que habitou a terra em tempos remotos. A partir da investigação deles, pode-se deduzir o tamanho e a forma dos organismos que os deixaram, possibilitando conhecer como eram estes animas e o ambiente que eles viviam.
Assim criaram-se muitos mitos e contos populares baseados nos fósseis por todo o planeta, antes do estudo científico. No caso chinês, acreditavam que os ossos fósseis de mamíferos antigos eram ossos de dragões. Eles foram utilizados como ingredientes de remédios. Já no ocidente, pensava-se que as criaturas marinhas fossilizadas nas montanhas eram provas do dilúvio bíblico.
A visão científica dos fósseis começou com os pensadores antigos, quando o filósofo grego Xenófanes percebeu que a presença de fósseis de conchas indicava que uma região já esteve submersa. Já durante o renascimento, Leonardo da Vinci resgatou o pensamento de Aristóteles, que os fósseis eram restos da vida antiga. Hoje temos uma área do conhecimento dedicada aos estudos destes objetos, conhecida como Paleontologia.
Tipos e processos de fossilização
Existem dois tipos de fósseis, o resto e o vestígio. O primeiro é quando alguma parte do ser vivo é preservada, sendo assim evidências diretas (dentes, carapaças, folhas, conchas, etc.). O segundo, vestígio, são evidências indiretas, resultantes das atividades biológicas. Exemplos deste tipo seriam os estromatólitos (uma rocha fóssil formada por atividades de microrganismos em ambientes aquáticos), fósseis de pegadas, de marcas de mordidas, de ovos, etc.
Os processos de fossilização consistem em eventos que ocorrem após a morte do organismo e soterramento. Eles são processos físicos e químicos que alteram os restos e alguns exemplos são: criopreservação, dessecação, inclusão em âmbar, mineralização, mumificação, moldagem e marcas.
Âmbar
É o nome de fósseis conservados em resina, ficou muito famoso no filme Jurassic Park de Steven Spielberg (1993). Nele o DNA dos dinossauros é extraído de insetos preservados em âmbar pré-histórico.
Este tipo de fossilização permite encontrar animais menores, como insetos, aranhas e pequenos lagartos. O âmbar representa uma preservação de ótima qualidade para os estudos destes animais e o ambiente que viveram.
Descobertas e evidências
Fósseis marcam sua presença fortemente em museus de história natural, espalhados pelo mundo. Eles são registros da história do nosso planeta e são fortemente estudados até hoje. Permitindo a formulação e comprovação de diversas teorias.
Durante a época que a teoria da evolução foi proposta por Charles Darwin, havia o problema da ausência de fósseis mais antigos e os elos entre espécies. Ele havia postulado que isso seria resolvido no futuro, pois na época “apenas uma pequena porção do mundo é conhecida com precisão”. Atualmente já temos fósseis mais do que necessários pra comprovar sua teoria, com registro fóssil com idades de até 3,5 bilhões de anos.
Para geologia, os fósseis foram o meio para determinar a idade das rochas. Devido a presença de certas espécies em uma determinada camada pode-se dizer sua idade relativa, campo conhecido como bioestratigrafia.
Encontrando fósseis
Eles são encontrados em rochas sedimentares, podem existir exceções como em rochas metamórficas. Alguns fatores que ajudam paleontólogos a realizar suas buscas são buscar fósseis em regiões onde já foram encontrados, estudar a geologia local e descobrir a indicação de moradores.
Lembrando a todos que o comércio de fósseis coletados no brasil a partir de 1942 é ilegal. O valor do fóssil é científico e cultural e não financeiro.
Autor: Ian Rocha Fernandes
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