O granito é uma das rochas ornamentais mais utilizadas para revestimento, tanto quanto as cerâmicas. Ele tem sido utilizado desde o antigo Egito nas grandes fortalezas e palácios, passando por toda a Idade Média nas grandes igrejas e em muitas obras de arte por toda a história.
Diversos tipos dessa rocha são utilizados na indústria de construção civil, porém, vale ressaltar que nem tudo que é vendido comercialmente é um granito nos quesitos da petrologia.
Como são formados os granitos?
Os granitos são rochas ígneas intrusivas que se formam a partir do resfriamento lento do magma no interior da Terra. O magma canaliza em alguns pontos da subsuperfície e se resfria em “bolsas” lentamente ao longo de muitos anos.
Como é extraído o granito?
O granito é extraído em grandes blocos através de processos de dinamitação nas pedreiras e, posteriormente, são cortados em placas por equipamentos robustos que possuem discos de diamantes com dureza suficiente para isso.
Na porção de placas, ele passa por processos que o tornam mais atrativo comercialmente, sendo polido e lustrado para então ser comercializado.
Quais características tornam o granito bom para revestimento?
Como um tipo de rocha ígnea intrusiva, possui o comportamento de se resfriar muito lentamente. Isso confere à rocha, tal como os minerais que a integram, alta resistência e um alto grau de dureza, qualificando-o como um ótimo material para revestimento.
O arrefecimento lento promove, na maioria dos granitos, a formação de grandes cristais em seu interior, resultando na sua beleza e no uso para a decoração de ambientes.
Granito verdadeiro x Granito comercial
Os verdadeiros são rochas isotrópicas, ou seja, não possuem uma estrutura, além de possuírem proporções de feldspato, mica, quartzo e minerais acessórios. Sua coloração varia conforme os minerais que o compõem.
Alguns exemplos de granitos:
– Amarelos: Granito Gold 500, Juparaná, Rio do Norte Amarelo etc.
-Brancos: Granito Nepal, Cotton White, Branco Romano etc.
-Cinzas: Granito Cinza Pirá, Cinza Mauá, Arabesco etc.
-Vermelhos ou rosas: Granito Ruby Red, Coral Pernambuco, Rosa Raissa, Rosa Imperial, Vermelho Bragança, Lilás Gerais etc.
-Marrons: Granito Café Imperial, Marrom Caldas, etc.
-Verdes: Granito Verde Lavras, Verde Van Gogh, Verde Pavão, Verde Jade etc.
-Pretos: Granito Preto São Gabriel, Granito Preto, Cotaxé etc.
-Azuis: Granito Azul Bahia, Blue Valley, Blue Wave, Azul Sucuru etc.
-Beges: Granito Bege Pavão, Arabesco Samoa, etc.
Comercialmente falando, existem vários tipos de granitos, que não o são petrologicamente, mas que vão desde os mais comuns até os mais exóticos.
Alguns exemplos de granitos comerciais exóticos são:
Granito Azul Bahia, Café Imperial, Black Laurence, Exótico Vogue, Roma Imperiale, Centauros, Crema Delicatus e Sargitários.
Já os mais acessíveis e comuns são:
Granito Branco Dallas, Preto Absoluto, Marrom Absoluto e Branco Marfim.
Relação entre as tendências de mercado e os tipos de rocha
Segundo a Abirochas (Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais), a produção nacional de rochas ornamentais atingiu 10,5 Mt em 2013. Houve um crescimento de 13% em relação a 2012, em que a região Sudeste foi responsável por 64,5% do total.
Conforme dados do Sumário Mineral de Rochas Ornamentais para revestimento do ANM, a participação dos granitos e similares correspondeu a cerca de a 49,5% da produção nacional. Repara-se um crescimento tímido, na retomada do crescimento no mercado interno e também externo. Em 2013, a exportação rendeu quase 2 milhões de dólares, somente com a produção de “granitos” em estado bruto, enquanto a produção de “mármores” em estado bruto bateu mais de 14 milhões de dólares em 2013.
Contudo, as características da rocha sempre a mantém em alta no mercado, sendo tão resistente compete sem perdas para beleza dos mármores, sendo ainda a principal escolha de decoradores para escadas, mesas, bancadas, soleiras, pisos, fachadas e demais decorações.
Autora: Maria Eduarda Costa
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