A principal atividade econômica nos primeiros séculos do Brasil Colônia estava bastante relacionada a atividades do campo, como o cultivo da Cana-de-açúcar. Dessa forma, a mineração começou a se moldar no século XVII, com as entradas e bandeiras. Nesse sentido, expedições saindo da capitania de São Paulo objetivavam a apreensão de Índios, destruição de quilombos e a exploração de metais e pedras preciosas.
Primeiras descobertas
Uma das expedições obteve sucesso no ano de 1696, na qual encontraram ouro de forma aluvionar, na região onde hoje é o estado de Minas Gerais. Analogamente, os primeiros diamantes foram encontrados próximos a região do Rio Jequitinhonha, atual Diamantina, no ano de 1729.
Os primeiros aventureiros
Com as novas descobertas, no final século XVII houve um grande fluxo migratório. Nesse contexto, cerca de 30 a 50 mil portugueses atravessaram o oceano Atlântico na tentativa de enriquecimento na colônia. Logo, sucedeu-se também o fluxo migratório dentro da colônia, na qual portugueses que já se localizavam nas regiões litorâneas da costa brasileira, seguiram as mesmas trilhas dos Bandeirantes.
Guerra dos Emboabas
Esses portugueses que chegavam após a descoberta das jazidas de ouro em Minas Gerais, os forasteiros, foram apelidados de Emboabas pelos Vicentinos (bandeirantes Paulistas). Desse modo, esse segundo grupo demandava a exclusividade da exploração das regiões das minas, pois foram eles que haviam feito a descoberta. Além disso, acreditavam que só aqueles que participaram dos esforços para encontrar o ouro mereciam ter o direito de exploração.
As tensões só aumentavam devido ao fluxo migratório que só crescia. Isso elevou o preço dos mantimentos devido à alta demanda e a insistência a quem pertencia o direito de explorar a região.
Na tentativa de enfraquecer os Paulistas, os Emboabas liderados por Manuel Nunes Viana realizaram diversas expedições para tentarem enfraquecer a influência dos Paulistas nas regiões mineradas. Dessa forma, houve diversos conflitos entre o período de 1707 a 1709 nos quais levaram a vitória dos Emboabas e a expulsão dos Paulistas da região. Como resultado, alguns Paulistas foram para o Oeste e alguns obtiveram sucesso em encontrar jazidas em Goiás e Mato Grosso.
A mão de obra especializada
Todas as culturas infelizmente tiveram em algum momento o sistema escravista como base de sua economia. Portanto, é notória a dívida histórica existente com os negros devido ao período colonial, em que se houve a escravidão até a sua abolição em 1888, através da Lei Áurea. De diversas partes da África, foram trazidos milhões de homens e mulheres que realizaram diversos trabalhos forçados. Nesse sentido, com a descoberta de ouro nas Minas Gerais, o governador da capitania escreve uma carta pedindo que negros fossem mandados da Costa da Mina, na África (que correspondem aos atuais estados de Gana, Togo, Benim e Nigéria), pois ele acreditava que eles tivessem muita sorte por descobrirem ouro com facilidade. Entretanto, na realidade eles tinham o real conhecimento, visto que já possuíam a tradição de explorar o ouro tanto de aluvião quanto em escavações de minas e corredores subterrâneos.
Condições de trabalho subumanas
A atividade mineira foi umas das mais dispendiosas, na qual, os negros estavam submetidos. Em outras palavras, o tempo médio de um escravo em uma mina não passava dos sete anos de trabalhos forçados, e frequentemente ocorriam mortes relacionadas aos acidentes de trabalho. Muitas dessas causas se davam por soterramento, afogamento por rompimento de barragens. Além disso, a carência de boa alimentação também foi um fator que contribuía para a proliferação de algumas doenças, elevando o número de óbitos.
O Final de um Ciclo
O fim do século XVIII trouxe também muitas minas exauridas e com isso, grande parte da população das Minas Gerais partiram ao Planalto Central para trabalharem em fazendas com criação de gados e o início do ciclo do café no Vale do Paranaíba Fluminense. Desse modo, os que permaneceram em Minas Gerais começaram a se dedicar a agricultura.
Autor: Arthur Almeida
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