As Ilhas de Galápagos ficaram famosas pela visita de Charles Darwin em 1835. Essa visita desencadeou a teoria da evolução pela seleção natural. A verdadeira raiz do que as fazem singulares é a combinação da biodiversidade vegetal e animal e suas condições geológicas.
Galápagos é um arquipélago que se localiza cerca de 10 km da costa oeste da América do Sul, na altura do Equador no Oceano Pacífico. Do ponto de vista da geologia, as ilhas são formadas quase que essencialmente por rochas vulcânicas. Mas diferentemente de outras ilhas vulcânicas, que se formam pela junção de duas placas tectônicas, estas se formaram devido a presença de Hot Spots.
E o que são Hot Spots?
Hot Spots são pontos quentes localizados no manto terrestre. Eles são formados por uma instabilidade, que gera o material rochoso líquido posteriormente extravasado na superfície. Outro modelo geológico mais intuitivo é que esses pontos quentes podem ser resultado de impactos meteoríticos que ocorreram no passado, gerando vulcanismo intenso. Uma vez em contato com a superfície, as rochas vulcânicas iniciam diversos processos físicos, químicos e biológicos. Portanto, isso prepara o terreno para a chegada de diversos organismos vivos, desde líquens e fungos até as árvores e animais de grande porte.
Galápagos possui vulcões ativos?
Declarado como patrimônio da humanidade desde 1978, o arquipélago é o segundo com maior atividade vulcânica do planeta. Ele fica atrás apenas do Havaí (leia mais sobre vulcões do Havaí)! Este conjunto de ilhas possui quatro vulcões ativos. Sendo assim, isso faz com que estejam em constante crescimento, de forma que as ilhas têm idades diferentes devido às movimentação da placa tectônica sobre os Hot Spots.
Mesmo sendo ilhas vulcânicas, sem a presença considerável de estratos sedimentares, é possível que se encontrem fósseis no local. Dessa forma, esses permitem o estudo das espécies recentes a partir daquelas fossilizadas.
Tão maravilhosas quanto enigmáticas, as ilhas são um importante laboratório de estudo. Não só para os biólogos, mas também para os geólogos e paleontólogos.
Texto: Isabella Gontijo
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