O carvão mineral é usado para produzir energia elétrica em usinas termelétricas e como matéria-prima para fabricar aço nas siderúrgicas. Mas existem os pontos negativos desse recurso. Começando pela sua extração, que causa sérios impactos ambientais, com a poluição causada por sua queima que colabora com o aquecimento global.
A origem do carvão mineral
O carvão mineral é uma rocha sedimentar de origem fóssil composta por carbono, oxigênio, hidrogênio, enxofre e cinzas. Foi formado a aproximadamente 300 milhões de anos, quando extensas florestas foram soterradas por sedimentos. O tempo e as altas pressão e temperatura fizeram com que os restos de vegetais, que são ricos em carbono, se transformassem em um elemento rochoso.
Existem quatro tipos desse carvão. Eles são diferenciados pela concentração de carbono e dependem de fatores como pressão e temperatura, por exemplo, para formação.
Os tipos de carvão mineral
Turfa (cerca de 50% de carbono),
Linhito (cerca de 70% de carbono),
Hulha (cerca de 85% de carbono)
Antracito (cerca de 90% de carbono).
O Carvão Mineral através da História
O carvão mineral foi provavelmente descoberto na Idade da Pedra Lascada, quando os homens das cavernas o usavam para se aquecer, devido às baixas temperaturas do planeta naquela época. O carvão mineral passou a ter grande importância econômica a partir da Primeira Revolução Industrial na Inglaterra, com a máquina a vapor no Século
XVIII. Por volta de 1880, o carvão foi muito utilizado para geração de energia.
Cerca de 97% da energia consumida era gerada pelo carvão mineral. A Europa possui vastas jazidas de carvão, o que favoreceu a exploração e utilização desse recurso.
O impacto do petróleo e a volta para o mercado
Quase 100 anos depois do seu ápice de exploração, esse mineral perdeu espaço e passou a gerar apenas 12% de tal energia, graças ao petróleo. Com o passar dos anos ocorreu uma grande crise e houve aumento no preço do petróleo, fazendo com que o carvão mineral ganhasse espaço novamente.
Desde 1973, esse mineral voltou a gerar energia em maior escala e até 2004, gerou cerca de 23% de energia para o mundo. O carvão mineral no Brasil é utilizado desde 1827 e continua a aquecer a indústria nacional.
O carvão mineral Hoje
Hoje, os maiores produtores de carvão mineral são a China, os Estados Unidos, a Austrália, a Rússia e a Indonésia. A China, sozinha, produz quase metade do carvão mineral do mundo, tendo produzido em 2008, 2,761 bilhões de toneladas. O Brasil possui 0,1% do carvão conhecido no mundo, mas ele é considerado de baixa qualidade. As principais jazidas estão localizadas no sul do país e é utilizado principalmente, em usinas termelétricas.
Apesar de haver extração de carvão mineral no Brasil, o país necessita importar cerca de 50% do carvão consumido, pois o carvão aqui produzido é de baixa qualidade por possuir menor concentração de carbono. Entre os países que suprem o Brasil com carvão mineral está a África do Sul, EUA e Austrália.
Produção no Brasil
Desde 1827, esse minério negro já era explorado no Brasil. Uma empresa inglesa fazia a extração nas minas localizadas em Santa Catarina. Todavia, oficialmente, a primeira jazida de carvão mineral no Brasil foi aberta em 1855, em Arroio dos Ratos.
Atualmente, a maior concentração de mineração desse carvão no Brasil está situada na região sul. As principais reservas de carvão se encontram em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e
Bahia.
A produção desse mineral no país abrange em grande escala o carvão tipo sub-betuminoso e betuminoso, encontrado em São Paulo. Já nas demais jazidas de carvão do país predominam o carvão tipo linhito e sub-betuminoso. A maior jazida do país, situada em Candiota, RS, tem reservas de aproximadamente 7 bilhões de toneladas.
Impactos Ambientais
Se por um lado, o carvão é um estimado mineral que fomenta os meios de produção, por outro lado, ele pode causar impactos ambientais relevantes. A queima de carvão para obtenção de energia produz efluentes altamente tóxicos, como por exemplo o mercúrio e outros metais pesados como vanádio, cádmio, arsênio e chumbo. Além disso, a libertação de dióxido de carbono causa poluição na atmosfera, agravando o aquecimento global e contribuindo para a chuva ácida.
Nesse sentido, a previsão é que esse importante material continue a abastecer a humanidade por mais 100 anos. Portanto, será possível continuar a utilizar o carvão nos processos de geração de energia e industrialização. Entretanto, para prevenir danos ambientais e graças à inovação tecnológica, esse mineral deve ser utilizado de maneira mais sustentável, sem excessos.
Autora: Kimberly Soares
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