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Auroras Boreais e Austrais

Aurora Boreal. Fonte: NatGeo.

Auroras Boreais e Austrais – Um show de luzes no céu

Desde os tempos antigos, o homem sempre foi fascinado pelo céu. Grandes nomes da ciência como o Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Isaac Newtow e  Johannes Kepler eram tão curiosos, que até dedicaram uma vida inteira de trabalhos para contribuir com o conhecimento que há atualmente sobre a astronomia.

Afinal, quem nunca olhou para a lua e as estrelas e não ficou curioso para conhecer mais sobre esse vasto universo?

Além da beleza das estrelas, outro fenômeno chama a atenção dos continentes localizados nos polos da Terra. Eles conseguem observar um verdadeiro espetáculo de luzes dançantes no meio da escuridão do céu noturno, as chamadas auroras polares (que podem ser auroras boreais e austrais).

O que são as auroras polares? 

As auroras polares são fenômenos naturais que geralmente ocorrem como “cortinas” luminosas no céu. Elas também apresentam-se na forma de arcos ou espirais, acompanhando as linhas do campo magnético da Terra. Elas são visíveis em diferentes regiões do hemisfério Norte, como o Canadá, Alaska, Finlândia, Islândia, Noruega, Rússia e a Suécia e no hemisfério Sul, como a Nova Zelândia, Austrália e a Antártica, por exemplo. 

Embora os polos sejam locais muito distantes entre si, os processos que formam as auroras boreais e austrais é o mesmo nos dois hemisférios. Elas apenas recebem nomes diferentes – no hemisfério Norte é chamada de Aurora Boreal, e no Sul de Aurora Austral.  Estas atraem tanta atenção que muitos viajam durante dias em busca das incríveis luzes que pintam o céu com belas cores e formas.

As luzes são completamente naturais e você pode ver de graça e a olho nu— ninguém pode dizer que você tem mais chances de ver com a agência X ou o guia Y quando for turistar.

Auroras polares. Fonte: Pixabay.

Mas, afinal, como elas são formadas?

O fenômeno acontece devido ao choque entre as partículas liberadas pelo Sol, denominadas de ventos solares, com o campo magnético da Terra. Estas partículas são eletricamente carregadas e são constantemente liberadas pela superfície da estrela. 

O campo magnético terrestre é formado por linhas que saem do Polo Sul que atravessam o núcleo da Terra e chegam ao Polo Norte, curvando-se novamente para o Polo Sul, como um ciclo. Veja nesse texto como funcionam os polos magnéticos da Terra.

Assim, o campo cria a magnetosfera, isto é, uma zona de proteção contra estas partículas carregadas vindas do espaço, ao qual poderiam destruir a atmosfera caso não houvesse esta proteção. Entretanto, embora sejam muito eficientes, não são todas as partículas solares que são barradas pelo campo magnético.

Esquema de formação das auroras. Fonte: AuroraBoreal.

Quando algumas partículas “escapam” para dentro da Terra, elas se direcionam para a ionosfera e ficam concentradas ao redor dos polos geomagnéticos da Terra. Quando elas chegam lá, as partículas colidem com os átomos de oxigênio e nitrogênio presentes na atmosfera, liberando energia na forma de luzes coloridas e formando as auroras.

Conheça “Steve”, o mais novo tipo de aurora polar.

Uma aurora boreal diferente chamou a atenção de cientistas fotógrafos amadores nos últimos anos: uma faixa arroxeada cintilante que apareceu no céu de Alberta, no Canadá.

Steve em Alberta, Canadá. Fonte: University of Calgary.

Os cidadãos cientistas não tinham certeza do que viram, por isso decidiram chamar o fenômeno roxo cintilante de “Steve”. Embora, por muito tempo, os cientistas conhecerem as correntes de baixa-altitude de partículas carregadas, eles não sabiam que elas poderiam produzir auroras vísiveis. Com o avanço da tecnologia e com câmeras digitais mais sensíveis as pessoas conseguem identificar essas auroras raras que duram apenas 1 hora.

Por que Steve é especial?

Diferente das auroras polares verdes, vermelhas e amarelas, Steve aparece como uma faixa no céu em uma cor malva ou arroxeada combinada com alguns traços verde. É também conhecido como “aurora falsa”, ou, no inglês, fake aurorea borealis.

Os cientistas associam este fenômeno ao “desvio de íon sob a aurora” ao qual acontece mais a sul, aproximadamente a 60 graus acima do equador. O alinhamento do campo eletromagnético faz com que os íons e elétrons fluam na direção leste-oeste durante o processo. Esta é uma nova forma de analisar os fenômenos que acontecem no espaço e ainda temos muito o que a aprender sobre o Steve.

Steve no lago Childs, Canadá. Fonte: NatGeo.

 

Autora: Ana Clara Pires

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