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A Temível Falha de San Andreas

 

De antemão, a Falha de San Andreas é uma falha geológica tangencial que se prolonga por cerca de 1.290 km através da Califórnia. Ela marca um limite transformante que ocorre entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-americana. É uma falha famosa por produzir grandes e devastadores abalos sísmicos. Exemplo disso, foi o sismo de São Francisco de 1906 que destruiu a cidade e atingiu magnitude de 7,8 deixando mais de 3 mil mortos, quando a parte central da falha se rompeu. Quer saber mais sobre a temível Falha de San Andreas? Leia nosso texto do Blog. 

Falhas geológicas

Primeiramente, as placas tectônicas são enormes blocos que fazem parte da camada sólida externa do planeta Terra. Denominamos essa parte de crosta terrestre. Elas sustentam os continentes e os oceanos e são conduzidas pelas correntes de convecção, resultado do calor irradiado do magma incandescente da Terra, que está em constante movimento. Nesse sentido, há dez placas que se movimentam e, ano a ano, elas afundam alguns milímetros. Assim, as dimensões e contornos do relevo terrestre são alterados. Elas são: Placa do Pacífico, Placa de Nazca, Placa Sul Americana, Placa da América do Norte e do Caribe, Placa da África, Placa da da Antártida, Placa Indo-Australiana, Placa Eurosiática Ocidental, Placa Eurosiática Oriental, Placa das Filipinas.

Além disso, a Falha Geológica é a ruptura ou cisão de um bloco de rochas ou faixas estreitas da superfície que é responsável pelo deslocamento de suas partes. Dessa forma, o acúmulo de energia e a eventual liberação desta em zonas de falhas geológicas é um dos fatores responsáveis pela ocorrência dos terremotos.

Esse fenômeno geológico surge em função da pressão aplicada por uma força. Geralmente, as placas tectônicas, em que a pressão exercida excede a capacidade de resistência e plasticidade das camadas rochosas, sofrem a sua cisão ou ruptura. Isso pode ocasionar também algumas pequenas fraturas em seu entorno.

Imagem descrevendo tipos de falhas.
Exemplos de falhas.

Big One

​Cada vez que a Califórnia registra um terremoto, uma pergunta volta a ser feita: será que estamos mais perto do Big One? Esse termo trata-se do esperado megaterremoto potencialmente devastador. Assim, em algum momento, ele pode atingir o oeste americano a partir da falha de San Andreas. Isso seria o resultado da movimentação de duas placas tectônicas que trazem instabilidade sísmica à região. 

A falha de San Andreas promove o atrito entre essas duas placas tectônicas que gera frequentemente tremores na Califórnia. Sendo assim, classificada como uma das áreas de maior instabilidade tectônica do planeta. Sobre essas placas estão enormes centros urbanos, como Los Angeles que é a segunda cidade mais populosa dos EUA. Além de San Diego, com 38 milhões de habitantes.

Extensão da falha.

Danos

Entretanto, o que mais preocupa pesquisadores é a parte sul da falha. Nessa área, não se produz abalos sismos há cerca de 300 anos. Desse modo, registros geológicos indicam que abalos de maior volume tendem acontecer a cada 150 anos na região. Por isso, acredita-se que essa área da falha de San Andreas esteja acumulando tensão. Ainda nesse contexto, o último grande terremoto nessa zona data de 1700. Todavia, não há detalhes registrados de quão potente e quais estragos foram provocados pelo tremor. Em 2016 (Califórnia), na Conferência Nacional de Terremotos, cientistas fizeram um alerta. De acordo com os pesquisadores, a área sul da falha de San Andreas estava “carregada e pronta” para provocar um grande tremor.

Nesse sentido, simulações dos efeitos de um grande terremoto foram feitas. Elas indicaram que um tremor de 7,8 seria capaz de iniciar uma ruptura no sul da Califórnia. Ademais, ele poderia se alastrar rumo ao norte até atingir Los Angeles. Dessa forma, cálculos mais conservadores indicam que um tremor dessa magnitude nessa área específica de San Andreas poderia provocar a morte de 2 mil pessoas e deixar mais de 50 mil feridos. Você consegue imaginar essa tragédia?

Além disso, as simulações indicaram ainda que 1% dos imóveis em uma área de 10 milhões de pessoas seriam jogados ao chão. Também, mais da metade das construções teriam que ser desocupadas. Portanto, os danos materiais seriam superiores a 200 bilhões de dólares. Isso equivale a mais de R$ 700 bilhões.

Recomendação

Quer um exemplo de como seria toda essa situação? Em 2015, foi lançado o filme San Andreas que relata o que poderia acontecer caso esse abalo sísmico realmente acontecesse. Portanto, retrata as consequências da temível Falha de San Andreas. Recomendamos que você assista! Vale a pena conferir e, claro, torcer para que essa situação não se agrave! 

Cartaz do Filme Indicado.
Filme San Andreas.

Autor(a): Lucas Soares Bento

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