class="post-template-default single single-post postid-6610 single-format-standard _masterslider _ms_version_3.7.1 elementor-default elementor-kit-11209">

A mulher que revolucionou a Sismologia no século XX

 

Inge Lehmann (1888 – 1993) foi uma Geofísica dinamarquesa e revolucionária no estudo da Sismologia, nascida na cidade de Copenhague, capital da Dinamarca. Além disso, aos 18 anos, ingressou no curso de Matemática na Universidade de Copenhague e, logo após, obteve um afastamento por problemas de saúde, conseguindo se formar apenas em 1920.

Durante seu período de afastamento, Lehmann trabalhou em um escritório de atuário, onde adquiriu experiências muito importantes com computadores. Alguns anos se passaram e, apenas em 1918, ela conseguiu retomar os estudos e se formar em Matemática. Em seguida, aos 32 anos, Inge também concluiu um mestrado na mesma área.

Em 1925, a dinamarquesa se tornou assistente do professor Niels Norlund, um geocientista que estudava a estrutura interna da Terra a partir de sismos causados por terremotos. Desde então, Inge começou a analisar e compreender como funcionava a dinâmica do nosso planeta. Em virtude disso, a cientista conseguiu um mestrado na área das geociências e tornou-se chefe do Departamento de Sismologia do Instituto Real Dinamarquês de Geodésia.

Sobre as camadas da Terra e propagação de ondas 

É importante salientar que antes dos estudos de Lehmann, acreditava-se que o núcleo da Terra era uma única esfera derretida. Contudo, essa teoria não confirmava as medidas obtidas pelos sismógrafos utilizados por Inge durante seus estudos, o que despertou ainda mais a sua curiosidade sobre o assunto.

Em 1936, Inge Lehmann publicou um artigo chamado “P”, no qual explicava que as ondas sísmicas primárias (ondas P) são as primeiras a serem detectadas pelos sismógrafos por terem maior velocidade, quando comparadas às ondas secundárias (ondas S). Por outro lado, essas ondas apresentavam uma outra característica diferenciadora em relação às ondas S: ao passarem de um meio de menor densidade para um de maior densidade, as ondas P tinham sua velocidade aumentada; porém, ao passarem de um meio sólido para um meio líquido, essa velocidade caía abruptamente, o que provocava a reflexão e refração dessas ondas. 

A única explicação para sua descoberta era que existia uma camada de material líquido entre o manto e o núcleo da Terra. Conforme às características peculiares que as ondas P apresentaram quando alcançavam o limite entre essa “nova camada” – conhecida como núcleo externo, atualmente – e o núcleo interno, a região entre ambos foi nomeada como Descontinuidade de Lehmann, em homenagem à cientista.

As camadas da Terra e propagação de ondas. Fonte: colegiovascodagama
As camadas da Terra e propagação de ondas. Fonte: colegiovascodagama
As descontinuidades da Terra
As descontinuidades da Terra. Fonte: https://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Estrutura_interna_da_Terra_(modelos)

A remodelação da estrutura interna da Terra 

Certamente, Inge remodelou a estrutura interna da Terra e refutou a antiga teoria sobre o núcleo da Terra, afirmando a existência de um núcleo externo composto por material líquido e um núcleo interno composto por material sólido, sendo que este último apresentava um raio de aproximadamente 1400 km. Essa hipótese foi gradativamente aceita pela comunidade científica e, com o avanço da tecnologia provocada pela II Guerra Mundial. Pôde-se confirmar a teoria da dinamarquesa com apenas um porém: o raio do núcleo interno da Terra foi reduzido para 1220 km. 

O reconhecimento de Inge Lehman

Em virtude da sua contribuição para o avanço do conhecimento das Geociências, principalmente para a sismologia, a cientista recebeu diversas honrarias entre elas a Medalha Emil Wiechert (1964), que é a mais significativa condecoração da Sociedade Geofísica Alemã e a Medalha da Sociedade Sismológica Americana (1977). Além dessas, foi a primeira mulher a receber a Medalha William Bowie (1971) que é a mais alta recompensa científica concedida pela American Geophysical Union.

Inge Lehman, além disso, também é reconhecida atualmente como a cientista mulher mais vivida, ela faleceu aos 104 anos de idade, em 1993. Em 2015, o Google homenageou a cientista com um doodle em sua página inicial de busca pra comemorar o seu 127º aniversário.

A estrutura interna da Terra
A estrutura interna da Terra. A estrutura interna da Terra. Fonte: https://www.google.com/search?q=descontinuidades+do+nucleo+da+terra&sxsrf=ACYBGNSG4aT8hyF_w2GSP5HQWUaO9m7uUA:1571443318920&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwijgLzGgqflAhUFwVkKHTkzABYQ_AUIEigB&biw=1366&bih=657#imgdii=agYEO3V6OF8iGM:&imgrc=FRbuBoOloBDZpM:

E aí, sabe de mais mulheres que revolucionaram a geociência? Conta pra gente!!!

Autora: Julia Ferrarez

Gostou do texto? Confira outros conteúdos em nosso blog e conheça nossos serviços! Entre em contato conosco por meio de nosso telefone (31) 3409-1033 / (31) 97167-5141, e-mail minasjr@minasjr.com.br ou redes sociais facebook e instagram, e veja o que podemos fazer por você!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

 

Your browser is out of date. It has security vulnerabilities and may not display all features on this site and other sites.

Please update your browser using one of modern browsers (Google Chrome, Opera, Firefox, IE 10).

X